Marcado como mês do alerta para importância da prevenção do câncer de mama, Outubro ocupa papel de destaque no calendário da saúde mundial. Infelizmente, porém, nem todas as mulheres tem a sorte de vencer a doença mesmo após o diagnóstico precoce. Com o aumento progressivo da doença, cresce, por sua vez, o mercado de drogas disponíveis para o controle e tratamento da doença.
O câncer de mama mata por ano cerca de 500.00 pessoas em todo o mundo. Anualmente também são diagnosticados 1,3 milhão de casos da doença. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, o INCA, é o segundo tipo de câncer mais comum no mundo, principal entre as mulheres, e aqui no Brasil é responsável por 22% dos novos casos a cada ano.
Mas desde 2001, para as mulheres brasileiras, tratar e dar continuidade a seus tratamentos passou a ser possível, utilizando medicamentos genéricos. Os genéricos hoje já desempenham um papel importante na ampliação do acesso a produtos vitais para o aumento da sobrevida.
O Tamoxifeno, produto mais usado no tratamento, pode ser encontrado em sua versão genérica a preços até 55% mais baratos que o produto de referência. Na prática, esse desconto pode ser ainda maior nos pontos de vendas. O Tamoxifeno é utilizado para impedir a recidiva da doença, ou seja; impedir que ela volte.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, o produto responde por 25,2% do total de medicamentos vendidos para o tratamento e é o mais vendido entre os oito tipos de produtos destinados para a doença disponíveis no varejo farmacêutico. Dos 1,6 milhão de produtos comercializados entre Outubro de 2013 e setembro de 2014, 424.422 mil são do Tamoxifeno, sendo deste total 85% referentes a versões genéricas do produto.
A maior oferta de genéricos contribuiu para ampliação do mercado de produtos para câncer de mama em 78% nos últimos 5 anos, o que revela a importância dos genéricos na política de saúde pública. A confiança da classe médica e da população nos genéricos tem colaborado para mudar a realidade do tratamento desta doença que infelizmente afeta a vida de muitas mulheres no Brasil e no mundo, afirma Telma Salles, presidente executiva da PróGenéricos. Entre Outubro de 2013 e setembro de 2014, foram comercializadas 1,6 milhões de unidades, já entre Outubro de 2009 e setembro de 2010, o volume foi de 942.129.
Em valores, o mercado também ampliou, saltou de um faturamento entre Outubro de 2009 e setembro de 2010, de R$67,2 milhões. Entre Outubro do ano passado a setembro de 2014, o a receita da indústria farmacêutica com a venda destes produtos foi de R$146,3 milhões, o que representa um crescimento de 117%.
Os fabricantes de genéricos, por sua vez, também ampliaram significativamente a participação neste mercado. Se entre Outubro de 2013 e setembro de 2014, as vendas de genéricos atingiram a marca de 441,9 mil unidades, em igual período entre 2009 e 2010, o setor comercializava 226,4 mil unidades, apresentando crescimento de 95%. O faturamento do setor também aumentou com a comercialização destas drogas. Cresceu155%, tendo em vista que a receita chegou a R$56,8 milhões entre Outubro de 2013 a setembro de 2014. Em igual período, entre 2009 e 2010, a receita foi de R$22,2 milhões.