A Hypermarcas inaugura seu centro de distribuição em Goiânia, onde concentrará a operação de produtos de higiene e beleza. A divisão de medicamentos tem sua distribuição concentrada em Anápolis (GO). O projeto de consolidação logística deve gerar uma redução de 20% a 30% no custo de operação dos centros, disse ontem o presidente da companhia, Claudio Bergamo, ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.
Desde 1º de abril, todas as entregas de produtos de consumo saem do novo centro de distribuição, que consumiu investimentos de cerca de R$ 150 milhões. Com apenas um centro, a companhia consegue automatizá-lo mais e investir em sistemas e ganho em escala, reduzindo o custo da logística.
A unidade em Goiânia tem 240 mil m2 e 60 mil m2 de área construída. Segundo a Hypermarcas, a capacidade de armazenagem do centro de distribuição é de 175 mil metros cúbicos, o correspondente a 70 piscinas olímpicas. A construção também abriga um centro de serviços compartilhados, com equipes das áreas de tecnologia, administração, financeiro, projetos, compras e outros.
A divisão de consumo inclui itens como os preservativos Jontex, os esmaltes Risqué e os hidratantes Monange. Até setembro, toda a fabricação da Hypermarcas também estará consolidada na região de Goiânia, com o término da transferência da linha de fraldas Cremer Disney. Os investimentos do grupo em fábricas e centros de distribuição na região somam cerca de R$ 500 milhões nos últimos quatro anos. Oito mil funcionários diretos trabalham nas instalações.
De acordo com Bergamo, o principal ganho com o novo centro de distribuição é a melhoria do nível de atendimento aos pedidos dos clientes, que agora é “muito mais eficiente, tanto no prazo da entrega como no preenchimento total do pedido”. Pois todos os produtos estão no mesmo local. O segundo grande benefício, segundo o executivo, é o aumento do capital de giro. “Quando você tem muitos centros de distribuição, tem que manter estoques de segurança mais altos em cada CD”, explica.
A companhia atende diretamente grandes varejistas, que geralmente têm seus próprios centros de distribuição. As outras empresas são atendidas por distribuidores exclusivos da Hypermarcas. Para Bergamo, a empresa não tem necessidade de ter centros de distribuição espalhados, para atender loja a loja. “Isso é muito a mais a função dos varejistas e dos distribuidores. Logística não é a nossa especialidade”, afirma. Em 2011 a empresa tinha 23 fábricas e centros de distribuição no país – agora são só três fábricas e dois CDs.
Em 2012, a Hypermarcas enxugou em 40% seu portfólio de consumo, para se concentrar em suas principais marcas. Em 2013, portanto, ainda havia um efeito significativo da redução de produtos na comparação de vendas. “A parte mais difícil disso [da redução do portfólio] nós já passamos, que era perder a venda [dos produtos descontinuados]”, afirma Bergamo.
Fonte: Valor Econômico – São Paulo / drogacenter.com.br