Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma técnica que promete melhorar a visão de pessoas com uma série de problemas na retina.
A técnica consiste em um dispositivo feito a partir de um componente biodegradável (PLGA) com um medicamento (dexametasona) que é implantado dentro do olho e libera a droga por aproximadamente seis meses, sem a necessidade do uso de colírios ou medicamentos orais no período.
Testado em dez pacientes, o implante é fruto de dez anos de pesquisas e os resultados mostraram que ele age em doenças vasculares da retina que levam à redução da visão e, em casos mais avançados, à redução da cegueira.
Os pesquisadores acreditam que o tratamento beneficiará pacientes portadores de várias doenças da retina, como edema de mácula (inchaço na área central da retina decorrente de oclusão vascular), retinopatia diabética, uveíte (inflamação da úvea, formada pela íris, corpo ciliar e coroide), degeneração macular e outras, doenças que afetam, principalmente, a população idosa. Contudo, pessoas que sofrem com toxoplasmose ocular, degeneração macular relacionada à idade e retinite por citomegalovírus eendoftalmite também poderão se beneficiar da técnica.