Empresas brasileiras de pequeno e médio portes estão avaliando ir para os Estados Unidos. A demanda já estava aquecida nos últimos anos, mas começou a crescer, a partir de 2014. A farmacêutica Biolab está entre as que estudam entrar no mercado americano.
Já havia uma grande procura, mas as incertezas com os rumos da economia, após a última eleição presidencial, aceleraram o processo de decisão de alguns empresários, diz Pedro Drummond, advogado e sócio da empresa Drummond, com sede em Boston (EUA) e escritórios no Brasil. A empresa presta consultoria para empresários que pretendem investir no território americano e tem o apoio da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham).
Em 2015, a Drummond prestou consultoria para 120 empresas que investiram nos EUA. Em 2014, havia assessorado 85 companhias. Temos três perfis de investidores. O primeiro é formado por empresas que planejam a internacionalização para reduzir a dependência do mercado brasileiro. O segundo grupo é formado por empresas de tecnologia, que buscam acesso a financiamentos mais baratos fora, uma vez que o Brasil está com crédito restrito. O terceiro é formado por investidores pessoa física, afirma. O laboratório farmacêutico Biolab, controlado pela família Castro Marques, é uma das empresas que procuraram a Drummond para colocar os pés nos EUA.
Cleiton de Castro Marques, presidente e um dos sócios do laboratório brasileiro, afirmou que já abriu um escritório em Miami para prospecção de negócios. Segundo ele, o objetivo é adequar os dossiês de medicamentos com os órgãos reguladores americanos, o que poderá expandir o campo de atuação do grupo brasileiro. A Biolab ainda está investindo em um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Toronto, no Canadá.
Fonte: O Estado de S.Paulo