A família Gonçalves, fundadora da Neo Química, decidiu sair do bloco de controle da Hypermarcas, e de seu conselho de administração, para ter liberdade de se desfazer das ações da empresa, o que até então não era permitido. Segundo fonte, os sócios consideram a hipótese de vender sua parcela de forma gradual, ou usar parte dos papéis como garantia de pagamento de dívida. Ainda consideram, numa venda progressiva das ações, usar os recursos em negócios já controlados por eles, como um hotel e a fazenda da família, no norte de Goiás, apurou o Valor Econômico.
De acordo com informações, há ainda a possibilidade de que entrem em novo negócio, na área de farmacêutica veterinária, e isso seria possível com parte dos recursos de uma venda de ações. A participação atual da família é de 5,54% no capital total da Hypermarcas, equivalente hoje a R$ 990 milhões. Uma operação na área veterinária não seria impedimento dentro das regras do acordo de não concorrência de dois anos após saída do conselho, assinado entre as partes.
Os outros sócios da empresa tinham o direito de preferência na compra dos papéis pelo acordo de acionistas, numa “janela” curta, de 15 dias. Considerando o prazo, a recente alta dos papéis, que encarece a transação, e volume que seria movimentado, os sócios decidiram não exercer o seu direito.
João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, fundador da Hypermarcas, tem ações na empresa por meio de veículos como a Igarapava Participações. Somando ele e sócios mexicanos (Esteban Malpica, Alfredo Harp Helu e Roberto Ramirez), o grupo de controle chega a 40%.
fonte: Valor Econômico