Todos sabemos que não existe – ainda – uma mídia tão interativa quanto dois seres humanos conversando. Assim, os propagandistas podem ser chamados de super mega multimídia, pois, além do poder ilimitado de interação, a fazem “on line”, bem como em tempo real. Mas, parece que isso pode mudar mais rapidamente do que imaginamos. Segundo Kurzweil, professor do renomado MIT, o qual já está sendo chamado de “Darwin do século XXI”, vamos ser superados, como seres humanos, quanto ao nosso poder de interação, e, portanto, em efetividade, por andróides e robôs daqui há três décadas ( veja quadro abaixo).
As próximas décadas na visão de Kurzweil
2010 a 2019
“desparecimento” dos computadores
Os microprocessadores serão embutidos nas roupas, utensílios e dentro de nossos corpos. Vão conversar entre si através de conexões sem dio e de banda larga oferecidas em todos os lugares. as imagens que hoje vemos nos monitores serão projetadas diretamente em nossas retinas. Ao invés de escrever em teclados e clicar em mouses, vamos falar em liguagem natural com assistentes virtuais. A comunicação entre as pessoas será, cada vez mais, feita através de tecnologias de telepresença e realidade virtual.
2020 a 2029
A fusão da biologia com a cibernética
Nanorobôs microscópicos serão colocados no sangue para tratar doenças. Técnicas genéticas e de nanotecnologia vão reprogramar as formas de vida biológicas. Processadores vendidos por US$1 mil alcançarão mil vezes a capacidade de processamento do cérebro humano. Conexões neurais vão permitir a troca direta de informações entre nosso cérebro e os microprocessadores. A engenharia reversa do cérebro será completada e transferida para processadores, que passarão a atuar de forma cada vez mais autônoma.
2030 a 2045
Inteligência artificial e singularidade.
Uma forma de inteligência artificial vai passar pela primeira vez no Teste de Turing. Haverá debates sobre os direitos dos computadores inteligentes e a verdadeira definição de ser humano. A explosão da inteligência artificial – ou singularidade – vai dar impulso ainda mais rápido à evolução científica e tecnológica. A maior parte das doenças e fatores de envelhecimento serão vencidos, elevando para centenas de anos a expectativa de vida.
A indústria de tecnologia & informática investe anualmente alguns bilhões de dólares buscando justamente isso: aumentar a interatividade entre receptor (usuário) e emissor (os equipamentos eletrônicos), sem, no entanto, – ainda – conseguir ultrapassar a capacidade de interação existente entre dois seres humanos conversando. Se você acha que isso ainda é mais ficção do que algo palpável, saiba que em outubro de 2006, ou seja, há um ano e oito meses, na cidade de São Paulo, em um evento corporativo realizado no auditório de convenções do Anhembi para uma platéia de quase 800 pessoas, Kurzweil proferiu uma palestra sobre os benefícios da tecnologia. Iniciou cumprimentando os presentes e elogiando o “bonito auditório”. Interagia com os participantes virando-se para ouvir melhor as perguntas realizadas bem como respondê-las olhando na direção do seu interlocutor. Tudo sem estar presente no auditório. Ou seja, tudo isso sem sair de seu escritório em Massachussets, nos Estados Unidos. Essa foi a primeira projeção holográfica realizada no Brasil. O episódio sugere que, em breve, poderemos vivenciar propagandistas projetados virtualmente para dentro de consultórios, hospitais e clínicas, interagindo de maneira personalizada com cada médico, independente de tempo e espaço, e, ressalta o anacronismo ainda praticado por alguns profissionais de campo (felizmente, já bem escassos), que se esquivam de um diálogo profissional e construtivo com seu painel médico, optando por um discurso unilateral e improdutivo. Se levarmos em conta que perto de 75% das projeções realizadas transformar-se-ão em realidade, estamos hoje numa corrida contra o tempo para que a própria humanidade não se torne obsoleta.
É sobre esse racional que, no treinamento de suas equipes, a pharmexx inclui um módulo enfatizando o papel do “Propagandista como Agente de Inteligência”.Assim, além de preparar o profissional de campo para estimular, praticar e ampliar a interação com os médicos visitados, acelerando e aumentando os resultados das equipes, estamos trabalhando para evoluir em conjunto, de maneira a incorporarmos novas tecnologias e ferramental, como também complementos de uma super mega multimídia maior: o propagandista, pois este, trabalhando sob nossa orientação, estará agregando um diferencial que nem mesmo Kurzweil ainda previu: trabalhar comprometido, trabalhar dando tudo de si, fazendo o melhor de si, enfim trabalhar com o Coração!(*)
Cássio Rossetti é presidente da pharmexx, palestrante, consultor e professor de pós-graduação da UMC. E-mail: cassio@pharmexxbrasil.com.br