O stress relacionado à dificuldade de um indivíduo com paralisia de se envolver com seus arredores é alarmente e contínuo, podendo resultar em diversos transtornos emocionais. Felizmente, um robô de telepresença foi desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL) para ajudar essas pessoas a controlar um robô por meio de sinais cerebrais.
O robô semi-autônomo pode ser controlado através de uma touca de eletrodo. Baseado em uma plataforma chamada Robotino, ele conta com três rodas, nove sensores infravermelhos e uma webcam utilizada para detecção de obstáculos. Para o objetivo em questão, os pesquisadores adicionaram um laptop com uma câmera integrada ao robô de telepresença. Dessa forma, a pessoa com o controle pode assistir à captação do vídeo através desta câmera portátil, podendo também conhecer e interagir com as pessoas através do Skype, que exibe seu rosto na tela.
19 pessoas espalhadas por toda a Europa Central testaram a máquina. O robô manipulado pela mente detectou obstáculos e os evitou por conta própria. Mesmo se a pessoa no controle não responder, o robô pode autonomamente evitar obstáculos até que seja dada a instrução para parar. Isso pode ajudar a impedir que o usuário fique cansado, permitindo-lhe fazer uma pausa enquanto o aparelho continua fazendo o caminho indicado.
Os resultados finais demonstraram que os indivíduos com deficiência física puderam completar tarefas de navegação e visitar remotamente ambientes que nunca haviam visitado com o robô de telepresença. Além disso, os usuários paralíticos alcançaram níveis de desempenho semelhantes ou iguais ao grupo de dez usuários saudáveis e já estavam familiarizados com o ambiente de controle. A tecnologia é um grande exemplo de como a interface cérebro-computador (BCI, em inglês) poderá fornecer às pessoas com deficiências motoras graves um maior nível de independência.
Fonte: EPFL