Dormir oito horas por dia é o sonho de muita gente. Porém, existem aqueles que preferem passar menos horas dormindo e usar seu tempo livre para trabalhar e criar. Estes são os adeptos do sono polifásico, termo utilizado para definir um padrão de sono diferente, no qual o período de descanso é fracionado e reduzido. A estratégia, usada por Amyr Klink em suas viagens, por uma questão de sobrevivência, vem sendo adotada para aumentar a produtividade – o que pode ser bem arriscado para a saúde.
A maioria dos praticantes opta pelo estilo Everyman – dormem por três horas e, durante o restante do dia, fazem três cochilos de vinte a trinta minutos. Essa soma resulta em aproximadamente quatro horas a menos que as tradicionais oito, dos monofásicos. As demais opções do sono polifásico são Dymaxion (quatro cochilos de 20 a 30 minutos por dia), Uberman (seis cochilos de 20 a 30 minutos por dia) eChase (duas horas de sono três vezes ao dia).
Um dos entusiastas do sono polifásico é o programador Gustavo de Sousa Lima, de 29 anos, que vive no Rio de Janeiro. Ele conta que descobriu este novo padrão de sono há pouco mais de um ano enquanto pesquisava sobre como conseguir mais tempo livre. “Quando era pequeno, me lembro de ouvir na sala de aula algum professor falar de Michelangelo, Leonardo da Vinci, que eles não dormiam como as outras pessoas. Isso sempre me interessou”, diz.
O programador conta que é necessário se ajustar a uma rotina de cochilos para conseguir êxito. Ele segue o modeloEveryman, que considera o mais fácil. E frisa que é importante não ultrapassar 20 ou 30 minutos de sono, nem pular um dos cochilos e aumentar o próximo, pois isso quebra o ciclo.
“No primeiro dia, você não consegue, no segundo melhora, porque está cansado. O corpo busca modos de sobrevivência, seja pela alimentação, por exercícios, condicionamento e adequação. Creio que sejam necessárias duas semanas para a adaptação total”, conta ele, que criou uma página para calcular o sono polifásico.
Fonte: http://noticias.uol.com.br