O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que cerca de 50 mil kits serão disponibilizados na rede pública a partir de fevereiro, mas não informou em quais Estados ou unidades de saúde. A expectativa do governo é de que, até o fim do ano, 500 mil unidades sejam distribuídas em todas as regiões do Brasil. Castro afirmou que o novo kit é mais econômico ¬ atualmente, os testes utilizados para detectar as três doenças usam reagentes importados e custam entre R$ 800 e R$ 2.000. Com o novo kit de verificação, o custo será de até R$ 80 por unidade.
O Ministério da Saúde também informou que atualmente o diagnóstico do vírus zika é realizado por técnicas moleculares, que identificam a presença de material genético do vírus em cada amostra. Com o novo kit, haverá uma identificação simultânea dos três vírus através da combinação de reagentes. Com isso, o tempo para se obter o resultado será de três horas, enquanto com os testes antigos era de cerca de 24 horas.
“Nosso entendimento é combater o problema com todo o rigor. Já estamos com 18 dos 27 laboratórios centrais equipados para receber esse teste e, em fevereiro, a Fiocruz já vai começar a produzir”, afirmou o ministro.
A crise econômica e os cortes orçamentários não afetarão os recursos disponíveis para o combate aos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, segundo Castro. “Temos todos os recursos para o combate. A presidente garantiu que não faltará [dinheiro], principalmente no combate à zika, que causa a microcefalia”, afirmou.
Sobre as orientações do governo dos Estados Unidos para que grávidas adiem viagens para 14 locais afetados pelo vírus zika, inclusive o Brasil, o ministro afirmou que as medidas são prudentes, mas que o país já está tomando todos os cuidados para combater a doença. Castro também disse que laboratórios americanos estão auxiliando no combate às doenças e na produção de uma possível vacina.
“Nossa intenção é desenvolver a vacina em tempo recorde. Leva anos, mas estamos trabalhando até em parceria com laboratórios do Texas para resolvermos essa situação. A vacina do ebola levou um ano, vamos fazer um esforço para tentarmos fazer o mais rápido.”
O ministro também confirmou que somente neste ano três pessoas já morreram vítimas da febre chikungunya -duas em Salvador e uma em Sergipe.